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e Rebeca De La Vega, gerente de Responsabilidade Social Corporativa, Cisco Networking Academy na América Latina

O mundo está mudando rapidamente. A COVID-19 trouxe uma mudança repentina na maneira como trabalhamos e vivemos. Muitas pessoas agora dependem da Internet para trabalhar, estudar, cuidar de sua saúde e até mesmo para o entretenimento e para vida social. Por isso, a segurança digital tem ganhado cada vez mais importância. Sem práticas sólidas de segurança cibernética, estamos desprotegidos e as empresas para as quais trabalhamos e com as quais interagimos correm um grande risco.

O custo de uma superfície de ataque maior

Essa mudança para um mundo digital onde tudo é feito remotamente apresenta uma superfície de ataque ampliada. Antes da Covid-19, o crescimento da Internet das Coisas (IoT) já criava uma nova e vasta área de vulnerabilidade. Ao conectar tudo, nosso risco aumenta.  A conexão de mais pessoas à Internet durante a pandemia aumentou exponencialmente esse risco. Com mais pessoas trabalhando remotamente do que nunca, é fundamental reconhecer o risco em evolução e encontrar soluções que nos permitam trabalhar com segurança de qualquer lugar, a partir de qualquer dispositivo e a qualquer hora.

Os ataques cibernéticos com motivação financeira já estavam aumentando antes da pandemia e da mudança para o trabalho remoto. O Global Risks Report de 2019, do Fórum Econômico Mundial (WEF)  classificou os ataques cibernéticos com motivação financeira entre os cinco principais riscos globais do mundo. A previsão é de que os custos por danos de ransomware cresçam mais de 57 vezes entre 2015 e 2021, atingindo US$ 6 trilhões por ano até 2021, com um custo médio de US$ 3,92 milhões por violação. Para complicar, atualmente muitas pessoas estão usando a Internet com maior frequência do que antes da pandemia. Por causa disso, as organizações tiveram que adaptar seu programa de segurança para garantir a continuidade dos negócios, bem como uma nova estratégia robusta de trabalho remoto (leia mais no blog em inglês: Investing in Your Cybersecurity Program in Extraordinary Times).

Suprindo a falta de habilidades em segurança cibernética

Então, o que podemos fazer para nos proteger e preservar nossos dados? A conclusão é que precisamos mudar a forma como pensamos a segurança, além da necessidade de mais especialistas em segurança cibernética para prevenir e combater esses ataques, já que há uma grande escassez de profissionais de TI com essas habilidades essenciais. Um estudo global de 2017 sobre a força de trabalho em segurança da informação previu que a escassez global de profissionais de cibersegurança chegará a mais de 1,8 milhão de vagas não preenchidas até 2022. Na América Latina, enfrentamos a segunda maior escassez de profissionais em segurança no mundo, com 600.000 vagas de empregos não preenchidas atualmente. A demanda por profissionais treinados em tecnologia da informação e comunicação (TIC) na América Latina e no Caribe excede a oferta disponível em mais de 30%.

Um outro estudo global de 2019, (ISC)2 Cybersecurity Workforce, mostra que a força de trabalho de segurança cibernética precisa crescer 145% para atender às demandas de talentos qualificados nesta área.

O que podemos fazer?

O Cisco Networking Academy está bem posicionado para criar especialistas em segurança cibernética para suprir essa escassez, além de ajudar os cidadãos a obterem o conhecimento básico para protegerem a si mesmos e as organizações para as quais trabalham.

Criando uma nova geração para solicionar problemas

Nos últimos 23 anos, o Cisco Networking Academy fez parceira com as principais instituições educacionais em todo o mundo para preparar mais de 11 milhões de estudantes de todos os níveis sociais e experiências para as carreiras de TI. Estamos criando uma nova geração de ‘solucionadores de problemas’, fortalecendo a economia digital. Na América Latina, desde o início do programa, já treinamos quase 3 milhões de pessoas, sendo que 31% dos estudantes são mulheres.

O bem conceituado currículo do Networking Academy oferece uma ampla variedade de portfólios de aprendizado, incluindo cursos básicos para ajudar o público a entender sobre possíveis vulnerabilidades que podem afetar sua vida cotidiana e sua empresa. Para aqueles que desejam explorar sua paixão pela segurança cibernética ou desenvolver habilidades para uma carreira nessa área, há cursos básicos e de nível profissional. Esses cursos variam desde o reconhecimento e a compreensão de conceitos e desafios da economia digital em constante mudança até a avaliação de vulnerabilidades de segurança, ética e leis. Os cursos de Introdução à Cibersegurança e Cybersecurity Essentials preparam os estudantes para um destes três caminhos: certificação CyberOps Associate ou para cursos profissionalizantes em IoT Security ou Cisco Certified Network Associate (CCNA) Security.

Compartilhar conhecimento em segurança cibernética por toda parte

Em 2005, Gustavo Salazar começou a preparação para o CCNA no Cisco Networking Academy na Argentina, quando tinha apenas 18 anos. Ele obteve as certificações CCNA, CCNA Security, CCDA, CCDP, CCNP Enterprise, Cisco IOS Security Specialist, Cisco Certified Specialist – Enterprise Design e Cyber Ops, além de um doutorado em ciência da computação. Inspirado por seus primeiros instrutores, Salazar decidiu se tornar um instrutor do Networking Academy.

Como instrutor de estudantes e também de instrutores, Salazar está expandindo seu conhecimento em segurança cibernética no Equador, seu país de origem, ajudando centenas de pessoas a adquirir habilidades valiosas de TI. O desejo de compartilhar conhecimento em todos os lugares inspira Salazar a publicar novas informações sobre comunicação e segurança cibernética por meio de webinars, webcasts, blogs e redes sociais. Salazar está mudando vidas ao compartilhar esse conhecimento. Ele não só está ajudando a suprir essa escassez de habilidades um pouco mais todos os dias, mas também está inspirando valores como honestidade, empatia, responsabilidade, esforço e trabalho em equipe, que são muito importantes para abordar tópicos como hacking ético.

Boas notícias! Os resultados do Cisco Networking Academy na América Latina mostram que o programa está realmente suprindo a escassez de habilidades. Cerca de 96% dos alunos da América Latina que fizeram cursos CCNA ou superiores obtiveram um emprego ou uma oportunidade educacional. Além disso, 78% dos alunos da América Latina que concluíram o CCNA 4, o CCNP ou superior obtiveram uma oportunidade de trabalho como promoção, aumento de responsabilidades, aumento de salário ou novo emprego. E 54% conseguiram um novo emprego.

Ampliar nosso alcance para treinar mais especialistas em segurança cibernética

A Cisco continua investindo em novas colaborações para expandir a missão do Cisco Networking Academy de capacitar todas as pessoas com possibilidades de carreira. Um acordo recente com a Organização dos Estados Americanos (OEA) vai ampliar o alcance do programa para ajudar 100.000 pessoas a aprender habilidades básicas de segurança cibernética. Os Learn-A-Thons do Networking Academy em toda a América Latina apresentam cursos exploratórios de segurança cibernética a milhares de alunos. Os estudantes que concluem o curso ganham distintivos digitais que certificam suas habilidades, uma exigência cada vez maior dos empregadores. E, como parte do programa de aceleração digital, Brasil Digital e Inclusivo (BDI), a Cisco está investindo em uma iniciativa no Brasil que impulsionará o desenvolvimento de habilidades e a transformação digital, incluindo um forte componente de segurança cibernética. Com essa iniciativa lançamos recentemente o Programa CiberEducação que beneficiará muitos jovens brasileiros e desenvolverá novos talentos para atender à crescente demanda por profissionais no país.

O cenário de ameaças pode estar se expandindo rapidamente, mas com colaborações públicas e privadas, como o Cisco Networking Academy e instrutores apaixonados como Gustavo Salazar, podemos treinar muito mais pessoas para enfrentar esse desafio.

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